Ainda luz..

Monday, December 15, 2008

Não voltes amanhã às 10

Desejo absurdo de sentir.
Força bruta, suor, chuva ácida que corrói a cara, o corpo, a alma.
Sentir aquele cheiro a lágrimas que me faz lembrar o que foi, o que será.
Eu vou e não quero nunca que me olhes nos olhos. Nem que penses em sentir-me. Não terás prazer em ter-me. Sou um nada feito de tudos que não percebes. E tu? Quem és? Paranóia?
Ouço-te todos os dias quando vou para a escola. És tu que fazes aqueles ruídos? Passei a ouvir mais música para não te ouvir mais. Já quase me tinha esquecido do quão a música faz mal à alma. Faz lembrar.
Suicídios mentais. Quantos já não cometi eu. Todos por razões plausíveis. Na altura pelo menos eram. É o que interessa.

Tudo o que há leva a um fim. Tudo é fim. E quando pensas que alguma coisa está para começar, desengana-te já.
O para sempre foi à bocado.

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